Por R.C. Sproul
"Lembro-me de certo jantar em que eu estava com um grupo num
restaurante. A garçonete veio nos servir e perguntou: "O que desejam
para beber? Alguém gostaria de um drinque?". Um dos nossos anfitriões a
cortou dizendo: "Não, somos cristãos". O presunçoso farisaísmo de nosso
anfitrião não somente embaraçou a garçonete, que estava simplesmente
fazendo seu trabalho, mas passou uma mensagem errada sobre o
cristianismo. Cristianismo não é sobre comida nem bebida.
Beber álcool é um assunto controverso na comunidade cristã. Muitos
argumentam que Jesus nunca bebeu vinho e que quando os fariseus o
chamaram de beberrão estavam distorcendo a verdade. Eles também
argumentam que o vinho que Jesus criou nas bodas de Caná era sem
fermento. Esse tipo de argumento, contudo, reflete uma péssima e
tortuosa abordagem do texto bíblico; isso acontece quando as pessoas
abordam o texto bíblico com um viés cultural. Muitos estão convencidos
de que a abstinência total é o único caminho espiritual, mas não
aprendemos tal coisa das Escrituras - nem do Antigo Testamento ou da
celebração da Páscoa. Se fizéssemos um estudo da palavra vinho na
Bíblia, veríamos as coisas como são. Deus santificou a bebida e alertou
contra o excesso, porque embebedar-se é pecado. Deus não faria
advertências contra a embriaguez para pessoas que bebiam suco de uva.
Essa visão é ofensiva para muitos. Os que estão convencidos de que não
podem beber vinho, não devem jamais permitir que vinho toque seus
lábios, já que para eles isso é pecado. Para outros não é. Nosso irmão
não deve nos julgar, e não devemos julgar nosso irmão."
Fonte: R. C. Sproul. Estudos bíblicos expositivos em Romanos. Ed. Cultura Cristã, p. 431.
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott