Rev. Mark R. Rushdoony
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
A alternativa a um Deus soberano é um homem soberano. A alternativa a um Deus determinador é um homem determinador.
A idéia de Deus predestinando desde a eternidade (Ef. 1:4-5) é ofensiva para muitos. Contudo, a alternativa a um Deus que decreta é um Deus espectador, um que é sujeito às ações dos homens no tempo e na história. O homem quer crer que está no controle. Até mesmo cristãos frequentemente querem um Deus que somente reaja aos homens, como um árbitro ou juiz. Seja qual for a extensão em que negamos a predestinação a Deus, transferimo- la ao homem.
Quando os homens crêem que controlam a história, eles ficam determinados a fazê-lo, e grandes males acontecem porque eles devem então controlar os homens e as nações. Eles devem adquirir e exercer poder por tal controle. Facismo, comunismo e socialismo são exemplos recentes dos resultados de homens tentando determinar o curso da história. Os homens tentam controlar outros com idéias menos austeras, mas ainda utópicas, do futuro que esperam criar.
O homem determinador procura monopolizar a educação. John Dewey deixou claro que o objetivo da educação pública deveria ser a socialização de indivíduos, que seriam cidadãos apropriados da sociedade que ele imaginava. O homem determinador procurar controlar a economia e cria um papel-moeda por causa das limitações impostas pelos impostos e dívidas. O homem determinador procura o Estado como a avenida pela qual ele controla os outros. Tais estadistas podem até mesmo fazer da democracia uma ferramenta de imperialismo. O objetivo de controlar os outros, mesmo por razões aparentemente boas, é um objetivo perverso. É brincar de Deus e presumir o direito de predestinar em seu lugar. Os homens que procuram controlar nações, exércitos, dinheiro e indivíduos não são receosos de ditar uma moralidade. Ou Deus governa e sua palavra-lei é autoritativa, ou o homem governo e sua palavra-lei é autoritativa. Negar a soberania de Deus sobre o tempo e a eternidade cria um vazio, e essa é a razão do homem negar isso. Os homens se precipitam no vazio que eles definiram.
Se Deus não é soberano, então o homem é. Essa é a fé do humanismo: que o homem é um deus, que por si mesmo conhece ou determina o bem e o mal (Gn. 3:5). Sem um Deus soberano que transcende o tempo e a história, o homem assume essa prerrogativa. Ou Deus governa, ou então o homem. Ou Deus é soberano, ou então o homem. Ou Deus justifica o homem por sua livre graça, ou o homem é livre para se justificar. Desde a eternidade Deus declarou nossa justificação.
Desde a eternidade veio a causa do resultado, nossa conversão pela graça recebida através da fé somente. A causa foi o decreto de Deus desde a eternidade; o resultado é nossa salvação no tempo e na história. A doutrina da predestinação soberana de Deus desde a eternidade de forma alguma mina a realidade da nossa justificação no tempo e na história. Antes, ela estabelece o significado e a relevância total do que acontece no tempo e na história, pois procede do decreto de um Deus transcendente de pleno significado.
Fonte: http://www.chalcedon.edu/ (traduzido com permissão)
Extraido de: Monergismo
Fonte: http://www.chalcedon.edu/ (traduzido com permissão)
Extraido de: Monergismo
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott