sábado, 13 de abril de 2013

A Alternativa a um Deus Soberano


Rev. Mark R. Rushdoony
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto 

A alternativa a um Deus soberano é um homem soberano. A alternativa  a um Deus determinador é um homem determinador.
A idéia de Deus predestinando desde a eternidade (Ef. 1:4-5) é ofensiva  para  muitos.  Contudo,  a  alternativa  a  um  Deus  que  decreta  é  um  Deus espectador, um que é sujeito às ações dos homens no tempo e na história. O homem quer crer que está no controle. Até mesmo cristãos frequentemente querem um Deus que somente reaja aos homens, como um árbitro ou juiz. Seja qual for a extensão em que negamos a predestinação a Deus, transferimo- la ao homem.

Quando  os  homens  crêem  que  controlam  a  história,  eles  ficam determinados a fazê-lo, e grandes males acontecem porque eles devem então controlar os homens e as nações. Eles devem adquirir e exercer poder por tal controle.  Facismo,  comunismo  e  socialismo  são  exemplos  recentes  dos resultados de homens tentando determinar o curso da história. Os  homens  tentam  controlar  outros  com  idéias  menos austeras,  mas ainda utópicas, do futuro que esperam criar. 

O homem determinador procura monopolizar  a  educação.  John  Dewey  deixou  claro  que  o  objetivo  da educação pública deveria ser a socialização de indivíduos, que seriam cidadãos apropriados  da  sociedade  que  ele  imaginava.  O  homem  determinador procurar  controlar  a  economia  e  cria  um  papel-moeda  por  causa  das limitações  impostas  pelos  impostos  e  dívidas.  O  homem  determinador procura  o  Estado  como  a  avenida  pela  qual  ele  controla  os  outros.  Tais estadistas  podem  até  mesmo  fazer  da  democracia  uma  ferramenta  de imperialismo.  O  objetivo  de  controlar  os  outros,  mesmo  por  razões aparentemente boas, é um objetivo perverso. É brincar de Deus e presumir o direito de predestinar em seu lugar. Os  homens  que  procuram  controlar  nações,  exércitos,  dinheiro  e indivíduos não são receosos de ditar uma moralidade. Ou Deus governa e sua palavra-lei é autoritativa, ou o homem governo e sua palavra-lei é autoritativa. Negar a soberania de Deus sobre o tempo e a eternidade cria um vazio, e essa é a razão do homem negar isso. Os homens se precipitam no vazio que eles definiram. 

 Se  Deus  não  é  soberano,  então  o  homem  é.  Essa  é  a  fé  do humanismo:  que  o  homem  é  um  deus,  que  por  si  mesmo  conhece  ou determina o bem e o mal (Gn. 3:5). Sem um Deus soberano que transcende o tempo e a história, o homem assume essa prerrogativa. Ou Deus governa, ou então o homem. Ou Deus é soberano, ou então o homem. Ou Deus justifica o homem por sua livre graça, ou o homem é livre para se justificar. Desde  a  eternidade  Deus  declarou  nossa  justificação. 

 Desde  a eternidade  veio  a  causa  do  resultado,  nossa  conversão  pela  graça  recebida através da fé somente. A causa foi o decreto de Deus desde a eternidade; o resultado é nossa salvação no tempo e na história. A doutrina da predestinação soberana de Deus desde a eternidade de forma alguma mina a realidade da nossa justificação no tempo e na história. Antes,  ela  estabelece  o  significado  e  a  relevância  total  do  que  acontece  no tempo e na história, pois procede do decreto de um Deus transcendente de pleno significado.

Fonte: http://www.chalcedon.edu/ (traduzido com permissão)
Extraido de: Monergismo

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott