sexta-feira, 23 de agosto de 2013



É preciso um poder sobrenatural para ser paciente. Essa é a razão porque Paulo parece exagerar no modo como ora por nossa paciência: Sendo fortalecidos com todo o poder, segundo a força da sua glória, em toda a perseverança e paciência; com alegria (Cl 1.11). Mas esse glorioso poder torna-se parte de nossa atitude através das promessas nas quais cremos. Como Romanos 8.28
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Benjamin B. Warfield foi um renomado e mundialmente conhecido teólogo que ensinou no Seminário de Princeton por quase 34 anos, até sua morte em 16 de fevereiro de 1921. Muitos conhecem seus famosos livros, como A Inspiração e Autoridade da Bíblia. Mas o que muitas pessoas não sabem é que, em 1876, com a idade de 25 anos, ele casou-se com Annie Kinkead e viajaram para a Alemanha, em lua-de-mel. Durante uma violenta tempestade Annie foi atingida por um raio e ficou permanentemente paralisada. Após cuidar dela por 39 anos, Warfield sepultou-a em 1915. Em função das grandes necessidades de sua esposa, ele raramente se ausentava de casa por mais de 2 horas, durante todos os anos de seu casamento (Great Leaders of the Christian Church, p. 344.).

Bem, esse é, realmente, um sonho desfeito. Eu me recordo de dizer à minha esposa, na semana anterior ao nosso casamento: “Se nós sofrermos um acidente de carro em nossa lua-de-mel, e você ficar desfigurada ou paralisada, eu manterei meus votos ‘na alegria ou na tristeza’”. Mas para Warfield isso realmente aconteceu. Sua esposa nunca foi curada. Diferentemente de José, que sofreu, mas veio a ser primeiro-ministro do Egito, não houve ascensão ao poder do Egito, no final da história de Warfield. Apenas a extraordinária paciência e fidelidade de um homem a uma mulher, por 39 anos, numa situação que nunca havia sido planejada – pelo menos não pelos homens.

Mas quando Warfield expôs seus pensamentos sobre Rm 8.28, ele disse: A idéia fundamental é o governo universal de Deus. Tudo que acontece a você está debaixo de Suas mãos. A idéia secundária é o favor de Deus para com os que O amam. Se Ele governa tudo, então nada exceto o bem pode sobrevir àqueles a quem Ele faz o bem… Ainda que sejamos fracos demais para nos ajudar, e cegos demais para pedir o que necessitamos, e possamos apenas gemer em anseios deformados, Ele mesmo é o autor de tais anseios em nós… e Ele dirigirá todas as coisas a fim de que recebamos somente o bem, de tudo o que nos acontece (Faith and Life, p. 204).

Extraido de: Monergismo
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segunda-feira, 19 de agosto de 2013


Outro dia recebi uma carta interessante. Ela veio de algumas pessoas que saíram de uma igreja carismática (muito grande e proeminente), e vieram para a Grace Community Church. Esse foi um salto gigantesco – deixar aquela igreja e vir para a Grace Church. A única coisa que eles sabiam em sua igreja sobre mim era que eu não tinha o poder do Espírito Santo. Isso era tudo o que sabiam – que eu não cria na continuação dos dons, de forma que não tinha o poder do Espírito Santo.

Eles não sabiam muito mais sobre a nossa igreja, mas numa ocasião vieram visitar a Grace, e nunca mais a deixaram… Havia várias pessoas que estavam nesse grupo que veio, e uma das senhoras me escreveu uma carta muito interessante. Era uma carta incrivelmente bem escrita… E na carta, o apresentado foi isso: Quando você pensa no movimento carismático em geral, você pensa no falar em línguas, nas curas, ou em Benny Hinn derrubando as pessoas, e coisas assim. Mas existem algumas coisas por detrás da cosmovisão carismática que são realmente muito, muito aterrorizantes. E ela colocou isso na carta.

Ela disse:
Você sabe que vivemos toda a nossa vida nesse movimento e uma coisa que domina esse movimento é isso: que Satanás é soberano. Se você adoece, foi o diabo. Se seu filho fica doente, foi o diabo. O diabo fez seu filho adoecer. E mesmo que seu filho morra, Satanás de alguma forma tem a vitória. Se o seu cônjuge, seu marido ou esposa desenvolve um câncer, foi o diabo que fez isso. Se você sofre um acidente, o diabo fez isso. Se perde o seu emprego, foi o diabo também. Se as coisas não saem da forma como você queria na sua empresa ou família, e você termina perdendo o seu emprego ou se divorciando – o diabo fez tudo isso. O diabo precisa ser amarrado e assim, você precisa aprender essas fórmulas, pois você tem que prender o diabo, ou ele realmente irá controlar tudo em sua vida.

O diabo domina tudo, e ele é assistido por essa força massiva de demônios que devem ser confrontados também, e você precisa fazer tudo o que pode para tentar vencer esses poderes espirituais, e como eles são invisíveis, rápidos e poderosos, é realmente impossível que você lide com eles de uma vez por todas, de forma que essa é uma luta contínua e incessante com o diabo.

E a senhora na carta disse basicamente isso: “Vivemos toda a nossa vida pensando que tudo o que fazemos de errado no universo inteiro foi basicamente por causa do diabo. O diabo é realmente soberano em tudo e mesmo Deus, juntamente conosco, está na verdade lutando como louco para vencer o diabo.”

Ela disse:
“Eu vivia com palpitações no coração, ataques de pânico, ansiedade, pesadelos – andando no meio da noite com medo que o diabo poderia estar fazendo algo com meu filho, quando ele ia se deitar. Eu vivia nesse constante terror do que Satanás estava fazendo; quando a pessoa errada era eleita, foi Satanás quem o colocou ali. Quando a sociedade tomava certa direção, era tudo sob o controle de Satanás. Satanás é realmente o soberano de todas as coisas e é muito difícil tirar o controle dele – mesmo Deus está retorcendo Suas mãos, tentando obter o controle dessa situação. Eu vivia com esse medo e terror, pois levava minha igreja muito a sério.” E ela disse: “Cheguei na Grace Community Church e uma coisa me chocou totalmente.

Você disse:
‘O fato é: Deus está no controle de todas as coisas!… Quando você adoece, ou quando alguém desenvolve um câncer, ou quando algo errado se passa no mundo, ou quando você perde o seu emprego, isso não está fora das tolerâncias de Deus, isso não está fora dos propósitos de Deus. De fato, Deus faz com que todas as coisas cooperem para o bem.’

Isso foi absolutamente abalador. Foi uma mudança total para nós, e a diferença que encontramos foi tão poderosa, que mudou totalmente a forma como pensamos sobre a vida.” É isso! Nós não cremos que Satanás seja responsável pela história; cremos que Deus está no controle. Isso muda tudo. Isso dissipa todo pânico. Posso honestamente dizer que nunca tive um ataque de pânico. Nunca acordei de noite com medo do que o diabo poderia estar fazendo, pois Deus não somente venceu Satanás, mas colocou Satanás debaixo dos nossos pés, e “maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1 João 4:4). Assim, sabemos que Deus controla a história. E isso pode surpreender você, mas o diabo é servo de Deus. Se você quer ler um livro excelente, leia o livro de Erwin Lutzer sobre Satanás, no qual ele apresenta isso de forma muito competente.

extraído de: Monergismo
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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Reflexões sobre a igreja



O catecismo maior de Westminster define igreja visível e invisível como:

62. Que é a Igreja visível? 
A Igreja visível é uma sociedade composta de todos quantos, em todos os tempos e lugares do mundo, professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos.
1 Cor. 1:2; Gen. 17:7; At. 2:39; 1 Cor. 7:14. 

64. Que é a Igreja invisível? A Igreja invisível é o número completo dos eleitos, que têm sido e que hão de ser reunidos em um corpo sob Cristo, a cabeça.
Ef. 1:10; 22-23; João 11:52 e 10:16.

​... Cristo é o cabeça da igreja...(Ef 5:23)

A igreja é a comunidade dos santos do mundo inteiro (invisível) , sendo ela composta por diferentes pessoas de diferentes gostos , essa diferença é notável, Na igreja existem pessoas de diferentes épocas , do passado e do presente e as pessoas que ainda irão fazer parte, é composta por pessoas de diferentes lugares , ou seja de diversas partes do mundo, é constituida por pessoas de diferentes classes sociais , ricos , pobres e nela estão incluidas pessoas de diferentes graus de escolaridade , desde doutores , advogados, engenheiros, á pedreiros, carpinteiros e sapateiros , e é composta por pessoas de diferentes idades desde recém nascidos até adolescentes, jovens e idosos e na sua composição existem pessoas de diferentes comportamentos , e com diferentes problemas.


No sentido humano não existe muita semelhança entre as pessoas que constituem a igreja , são pessoas BEM diferentes, se esse "grupo" fosse unido por mera vontade humana seria um grupo incomum não é verdade ? as pessoas que formam esse grupo são totalmente diferentes , mas sabemos que não é a vontade humana que constitue a igreja , quem une a igreja é Cristo que é a cabeça, e a igreja que é o corpo de Cristo, todos os Cristãos estão unidos em Cristo, confiando em sua palavra, esperando sua vinda, unidos em sua morte e ressurreição.  

​Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia, (Cl 1:18)

​no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos. (Cl 3:11)


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O termo ‘Presbiteriana’ refere-se à forma de governo que é usada por uma igreja ou grupo de igrejas. Ela deriva seu significado da palavra grega ‘presbuteros’, que é usada por todo o Novo Testamento em conexão com o governo da igreja, e é geralmente traduzida como ‘presbítero/ancião’. Uma igreja Presbiteriana governa sua congregação por presbíteros docentes (o pastor) e presbíteros regentes (cristãos maduros na congregação com os devidos dons). Juntos eles constituem o ‘Conselho’ e unidos com ‘Conselhos’ de outras igrejas da sua região e denominação formam um ‘Presbitério’. O papel dos presbíteros ou Conselho em cada igreja é promover e proteger a pureza e paz dos seus membros. Seu governo é de natureza eclesiástica (pertencente à igreja) e espiritual. Aqueles ordenados recebem a incumbência de supervisionar diligentemente o rebanho ao seu cuidado, sendo um exemplo bom e humilde, ensinando, exortando e encorajando a congregação com a sã doutrina, orando continuamente por seu povo, visitando os doentes, administrando os sacramentos, disciplinando o desobediente e impenitente, e governando o culto de adoração e as reuniões da igreja de uma maneira que reflita o amor e cuidado de
Jesus Cristo, o Bom Pastor.

As igrejas Presbiterianas encontram suas raízes na Escócia durante a Reforma de meados de 1500. John Knox, um discípulo de João Calvino, ajudou a reformar as igrejas na Escócia nessa forma de governo
Muitas outras igrejas por toda a Europa também reformaram o governo da igreja de acordo com o modelo no Novo Testamento, embora somente as igrejas escocesas e algumas igrejas inglesas usaram o nome ‘Presbiteriana’. O governo da igreja Presbiteriana está em contraste com duas outras formas de governo eclesiástico, o hierárquico e o congregacional. A forma hierárquica é vista mais claramente na igreja Católica Romana, onde existem muitos níveis diferentes de ofício, cada nível subordinado a um mais alto, e encabeçado pelo Papa. As igrejas congregacionais, por outro lado, são separadas e autônomas de todas as outras no governo. Os Reformados criam que o único Cabeça da Igreja era o próprio Cristo, que age por meio dos ofícios que Ele claramente instituiu em Sua palavra, e não por meio de um único líder sobre a Terra. Eles também criam na manutenção de um senso de unidade e propósito com outras igrejas, especialmente em questões de recurso e política denominacional.

Foto: Catedral presbiteriana do Rio de Janeiro
Veja Atos 20.17-36; 1 Timóteo 3.1-7, 5.17; Tito 1.5-9: 1 Pedro 5.1-7
Fonte: http://www.cloverepc.org/
Retirado de : http://www.monergismo.com/textos/igreja/o-que-presbiteriana_chuck-baynard.pdf
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segunda-feira, 12 de agosto de 2013



Tal como ‘calvinismo’ e ‘teologia reformada’, estes dois termos (‘reconstrucionismo’ e ‘teonomia’) são volta e meia usados como sinônimos. Porém, é melhor entendê-los, respectivamente, como gênero e espécie. Ou seja: adesão ao calvinismo é uma parte do que significa ser um reformado mas não é a coisa completa. De forma similar, pode-se sugerir que teonomia é parte do conjunto mais amplo de convicções denominado de ‘reconstrucionismo’. Teonomia pode ser entendida como a persuasão de que a lei civil que Deus deu a Israel no Antigo Testamento também deveria ser a lei corrente em todas as nações do mundo.


Já o reconstrucionismo, caso não seja visto como um mero sinônimo, abrange, além de convicções teonômicas, uma escatologia otimista: a convicção de que o reino de Deus está crescendo e, antes do retorno de Cristo, cobrirá o mundo como as águas cobrem o mar. Teonomia também inclui, em grande parte, um compromisso com a apologética (defesa da fé) vantiliana (isto é, de Van Til), também conhecida como ‘pressuposicionalista’. Tal perspectiva sugere, dependendo de quem a defende, que devemos pressupor a existência de Deus no intuito de provar a Sua existência, ou então que é impossível e perverso tentar provar a Sua existência (e, assim deveríamos simplesmente a pressupor). Outras pessoas acrescentam ainda mais detalhes ao definir o reconstrucionismo (por exemplo, a teologia do pacto), mas estes quatro (calvinista na teologia, teonômico na ética, otimista na escatologia e pressuposicional na apologética) são os principais elementos.


Há dois pontos importantes. Primeiro, independente de se adotar a teonomia ou não, todos nós cristãos deveríamos ser teonomistas de alguma forma. Meus amigos teonomistas sempre propõem duas alternativas: “autonomia ou teonomia!”, eles dizem. E, obviamente, estão corretíssimos. Nós teremos ou a lei humana ou a lei divina, e somente um néscio prefiriria os homens a Deus. A questão, então, se corretamente entendida, não é se devemos ter a lei que Deus quer que tenhamos. A questão, pelo contrário, é a respeito de qual lei Deus quer que nós tenhamos. Será que Deus deu a lei civil (isto é, a lei que diz respeito ao governo) a Israel como um paradigma ou padrão para a legislação ideal de qualquer Estado?


A Confissão de Westminster nos convoca a adotar o que os teólogos na época chamavam de ‘equidade geral’ da lei. Isto é, embora haja princípios fundamentais da justiça de Deus em operação na instituição da lei civil do Antigo Testamento, talvez seja necessário dar os ajustes apropriados e levar em conta que o nosso contexto é diferente daquele. Um exemplo comum é o seguinte: no Israel do Antigo Testamento, os proprietários de imóveis tinham que ter cercas nos seus telhados. Tal lei faria pouco sentido nos nossos dias, pois não temos o hábito de passar o tempo em cima das nossas casas. A ‘equidade geral’ sugere que o objetivo desta regra é a segurança física dos familiares e dos eventuais hóspedes. Assim, pode-se dizer que os proprietários modernos deveriam ter ‘cercas’ nas suas piscinas. Uma medida para o seu nível de proximidade em relação à teonomia como ideologia é refletido na precisão da sua aplicação dessa ‘equidade geral’.


Em segundo lugar, cuidado! Não dê ouvidos àqueles críticos que não entendem coisa alguma de teonomia ou de reconstrução. Aqueles de esquerda (teológica e politicamente) gostam de retratar os teonomistas e reconstrucionistas, herdeiros dos puritanos, como se fossem ‘jihadistas evangélicos’ do inferno que desejam impor um regime fascista calvinista sobre o resto do mundo. Isso é uma calúnia sem par! Os teonomistas, bem como o resto de nós cristãos, querem ver justiça no âmbito político. Eles querem ver as nações serem disciplinadas. Eles querem que o reino se manifeste. Eles querem ver todo joelho se dobrar e toda língua confessar que Jesus Cristo é Senhor. E quem é que, estando em Seu reino, poderia desejar outra coisa?


Fonte: Ligonier Ministries
Tradução: Lucas G. Freire
 Retirado de : http://www.monergismo.com/rcsprouljr/que-e-reconstrucionismo-e-teonomia/
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