Não gosto de falar “grego”
quando o assunto é teologia. Detesto ter que usar os jargões teológicos,
acessíveis apenas aos iniciados. Me alegro cada vez que consigo pregar
sobre expiação, justificação e regeneração sem usar nenhuma dessas
palavras.
Acontece que alguns jargões estão
entrando na moda, principalmente depois que o John Piper retuitou um
texto do Justin Taylor, no qual o maior ícone emergente da atualidade, o
pastor Rob Bell, é acusado de ensinar o “Universalismo”. Assim que saiu
a propaganda do livro, Mark Driscoll, Joshua Harris e outros pastores
estadunidenses excomungaram o Rob Bell no Twitter.
Mas afinal, o que é esse tal universalismo, e porque ele é tão perigoso?
Universalismo é a crença que afirma que
todas as pessoas serão salvas por Deus. Em sua versão filosófica, ele
apela para as emoções humanas e insinua que um Deus bom jamais enviaria
as pessoas para o inferno. Já a versão teológica está fundamentada na má
interpretação de alguns textos bíblicos.
O que está implícito no Universalismo, e
essa é a principal razão porque os cristãos devem fugir dessa heresia, é
que ela anula o sacrifício de Cristo na cruz. Ora, se o homem será
salvo sem os méritos da cruz, por que razão Deus enviou seu filho para
morrer por nós? Além disso, a doutrina universalista nega a justiça de
Deus revelada no juízo eterno. Neste caso, está implícita a doutrina
herética de que todo homem “merece” a salvação, e que ninguém merece o
inferno. Na contramão desta afirmação estão textos como Romanos 3.23,
6.23, Ec 7.20, Rm 3.10-20, que afirmam que todos os homens são pecadores
carentes da misericórdia divina.
E o aniquilacionismo? Aniquilacionismo é
a crença de que Deus não enviará ninguém ao inferno, mas destruirá os
homens ímpios no dia do juízo. Eles serão, segundo essa doutrina,
literalmente aniquilados. A natureza desse aniquilamento é algo que eles
não conseguem explicar, mas na prática é algo como ser “desintegrado”,
mais ou menos como acontece nos desenhos animados e nos filmes
futuristas. Esta doutrina geralmente é defendida pelas seitas
“Testemunhas de Jeová” e “Adventista do Sétimo Dia”.
Mas, quais são as implicações da crença
aniquilacionista? As mesmas do universalismo! Tal como o universalista, o
aniquilacionista não consegue imaginar Deus enviando as pessoas para um
inferno literal. Eles também se igualam aos universalistas ao negarem a
justiça de um castigo eterno. Enxergam o inferno como uma sentença
injusta. Esquecem-se que aqueles que pecaram contra um Deus absoluto são
dignos de um castigo absoluto. Ignoram que os que pecam contra um Deus
eterno só podem ser penalizados com um castigo eterno. Como disse o Mark
Driscoll: “Merecemos o inferno. Tudo mais é um presente”.
Por Leonardo Gonçalves
Fonte : http://www.napec.org/apologetica/universalismo-aniquilacionismo/
Leia a entrevista de rob bell para a veja : http://noticias.gospelmais.com.br/files/2012/11/Rob-Bell_Veja.pdf
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott