Por John Hendryx
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Monergismo : Na teologia, A doutrina de que o Espírito Santo é o único agente eficaz na regeneração - que a vontade humana não possui nenhuma inclinação à santidade até ser regenerada e, portanto, não pode cooperar na regeneração. Monergismo é quando Deus comunica aquele poder na alma caída pelo qual a pessoa que deve ser salva é capacitada a receber a oferta da redenção. Isto se refere ao primeiro passo (regeneração) que precede, e causa, a capacidade espiritual de cumprir com todos os outros aspectos do processo de ser unido a Cristo, (isto é, a capacidade de apreender ao Redentor por uma fé vida, se arrepender dos pecados e amar a Deus e o Mediador supremamente). Isto se refere não ao processo inteiro que é originado (justificação, santificação), mas somente à concessão da capacidade espiritual para cumprir os termos do pacto da graça.
Sinergismo: "...a doutrina de que há dois agentes eficazes na regeneração, a saber, a vontade humana e o Espírito divino, os quais, no sentido estrito do termo, cooperam. Esta teoria conseqüentemente sustenta que a alma não perdeu na queda toda inclinação para a santidade, nem todo o poder de buscá-la sob a influência de motivos ordinários". Esta visão anti-escriturística é a maior ameaça ao verdadeiro entendimento da salvação na Igreja hoje.
O quadro abaixo destaca alguns
dos maiores pontes de diferença nestes sistemas:
Sinergismo
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Monergismo
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Causa da Regeneração |
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A fé é a causa da regeneração. | A regeneração é a causa da fé. |
A fé
e as afeições por Deus são produzidas pela
velha natureza.
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A fé não é produzida
por nossa natureza humana não regenerada. Ela é
o produto imediato e inevitável da nova natureza.
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Deus e o homem trabalham juntos para
produzir o novo nascimento. A graça de Deus nos leva até
uma parte do caminho da salvação, a vontade não
regenerada do homem deverá determinar o resultado final.
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Deus, o
Espírito Santo, sozinho produz a regeneração,
sem nenhuma contribuição do pecador. (Uma obra de
Deus)
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Deus está esperando avidamente pela vontade do pecador. |
Deus eficazmente capacita a vontade
do pecador.
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As pessoas da Trindade têm objetivos
conflitantes na realização e aplicação
da redenção: O Pai elege uma pessoa em particular;
o Filho morre pelas pessoas em geral e o Espírito
Santo aplica a expiação condicionalmente
naqueles que exercem o seu livre-arbítrio autônomo.
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As pessoas da Trindade trabalham em
harmonia - O Pai elege uma pessoa em particular, Cristo morre
por aqueles que o Pai Lhe deu e o Espírito Santo semelhantemente
aplica os benefícios da expiação aos mesmos.
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A restauração das faculdades
espirituais vem após o pecador exercer
fé com suas capacidades naturais (inatas). Ele tem a capacidade
para ver a verdade espiritual mesmo antes de ser curado (veja
1 Coríntios 2:14). Tem a capacidade espiritual para receber
a verdade, antes de uma concessão de Deus de qualquer capacidade
espiritual.
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A "luz" em si mesma não é
suficiente para que um cego veja, sua visão deve primeiro
ser restaurada. (João 3:3,6). Necessariamente a capacidade
espiritual para receber a verdade antecede ao recebê-la.
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Visão da
Humanidade
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O pecador
caído tem a capacidade e a inclinação potencial
para crer mesmo antes do novo nascimento.
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O pecador
caído não tem a capacidade e a inclinação
para crer antes do novo nascimento.
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Há
um bem remanescente no homem caído suficiente para voltar
suas afeições para Cristo.
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O homem
caído tem uma mente em inimizade com Deus; ama as trevas,
odeia a luz e não tem o Espírito Santo. "Não
há quem busque a Deus" (Romanos 3:11); o pecador
nunca se voltará para Deus sem uma divina capacitação
e sem novas afeições infundidas nele.
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O pecador
necessita de ajuda, é espiritualmente limitado.
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O pecador espiritualmente morto necessita
de uma nova natureza (mente, coração, vontade),
regeneração.
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O homem natural está doente
e incapacitado como um homem se afogando, de forma que Deus seria
insensível se não o ajudasse arremessando uma corda.
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O homem natural é espiritualmente
impotente e moralmente culpado tanto pelo pecado
original como pelos seus próprios pecados cometidos. Nossa
inabilidade não é como a de um obstáculo
físico ou a de um homem se afogando, porque dessa
forma não seríamos culpados, mas, antes, é
como a de um homem que não pode reembolsar um gasto financeiro,
uma dívida. A incapacidade de reembolsar, portanto, não
nos isenta da responsabilidade moral de assim fazer.
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Necessita de salvação
por causa das conseqüências do pecado - infelicidade,
inferno, sofrimento psicológico.
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Necessita de salvação
para remover a ofensa que temos feito contra um Deus santo e nos
livrar do poder e da escravidão ao pecado.
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O homem natural é
soberano sobre sua escolha para aceitar ou rejeitar Cristo - Deus
condicionalmente responde à nossa decisão.
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O homem natural não pode contribuir
com nada para sua salvação. A fé é
uma reação certa produzida pela obra eficaz do Espírito
Santo. Nós respondemos à decisão incondicional
de Deus (Atos 13:48).
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Alguns homens caídos tanto criam
um pensamento reto, geram uma afeição
correta como também originam uma volição
certa que levam a sua salvação, enquanto outros
homens caídos não têm os recursos naturais
necessários para chegar à fé que Deus requer
deles para obterem a salvação. Portanto, a salvação
é dependente de algumas virtudes ou capacidades que Deus
vê em certos homens.
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Nenhum homem caído criará
um pensamento reto, gerará uma afeição correta
ou originará uma volição certa que o levará
à sua salvação. Nunca poderemos crer, a menos
que o Espírito Santo venha e desarme nossa hostilidade
a Deus. Portanto, a salvação é dependente
do beneplácito de Deus somente (Efésios 1:4,5,11),
não de algo que Ele veja em nós.
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A natureza e afeições
do homem não determinam ou causam suas escolhas. Ele ainda
pode fazer uma decisão salvadora antes do novo nascimento,
embora ainda esteja em seu estado não regenerado. Neste
esquema Deus dá graça suficiente para colocar o
homem numa posição neutra que pode pender tanto
para ou contra Jesus. (Um ato de sorte?)
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A natureza do homem determina seus
desejos/afeições e causa as escolhas que ele faz.
"Nenhuma árvore boa dá
frutos ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom"
(Lucas 6:43). Somente Cristo pode "fazer uma árvore
boa e seus frutos serem bons" (Veja também 8:34 ,
42-44; 2 Pedro 2:19).
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Visão do
Evangelho
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O Evangelho é um convite. |
O Evangelho
não é meramente um convite, mas uma ordem (1 João
3:23).
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Cristo
morreu por todos os pecados, exceto a incredulidade.
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Cristo
morreu por todos os pecados, incluindo a incredulidade.
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Os pecadores têm a chave em suas
mãos. A vontade do homem determina se a morte de Cristo
será ou não eficaz.
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Deus tem a chave em Suas mãos.
O conselho eterno de Deus determina a quem os benefícios
da expiação serão aplicados.
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Seria injustiça de Deus não
dar a cada um uma chance igual.
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Se Deus exercesse Sua justiça,
então, nenhum de nós permaneceria, visto que cada
um de nós tem se rebelado contra um Deus infinitamente
santo. Ele não nos deve nada e não está sob
obrigação de salvar ninguém. Regeneração
é, portanto, um ato de misericórdia pura e imerecida,
porque a justiça que merecíamos, Ele derramou sobre
Seu Filho (através disso a Sua ira se apartou de nós).
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Depois de Deus transformar o coração
de pedra de alguém num coração de carne,
o chamado do Espírito Santo à salvação
ainda pode ser resistida.
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Depois de Deus transformar o coração
de pedra de alguém num coração de carne,
nenhuma pessoa desejará resistir. Por definição
nossos desejos, inclinações e afeições
terão mudado de forma que desejosa e alegremente nos voltaremos
em fé para com Cristo.
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Salvação é dada
aos pecadores caídos (não regenerados) que escolhem
e desejam a Cristo por seu próprio livre-arbítrio.
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Aparte da graça, não
há pecador caído (não regenerado) que satisfaça
esta descrição. Um desejo por Deus não faz
parte da velha natureza.
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A graça de Deus é conferida
como um resultado da oração humana.
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É a própria graça
que nos faz orar a Deus (Romanos 10:20; Isaías 65:1).
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Deus tem misericórdia de nós
quando cremos, queremos, desejamos, aspiramos, labutamos, oramos,
esperamos, estudamos, buscamos, pedimos ou batemos, aparte de
sua graça regenerativa.
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Desejar e buscara Deus antes do novo nascimento é uma suposição impossível (Romanos 3:11; 1 Coríntios 2:14). É pela infusão e vivificação do Espírito Santo dentro de nós que temos até a fé ou força de querer, desejar, aspirar, labutar, orar, esperar, estudar, buscar, pedir ou bater e crer na obra consumada de Cristo. |
A ordem de arrepender e crer no evangelho
implica na capacidade do pecador de assim o fazer.
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A ordem para que os pecadores se arrependam
e creiam não implica capacidade. A intenção
divina é revelar nossa impotência moral parte da
graça (Romanos 3:20; 5:20; Gálatas 3:19,24). A Lei
não foi designada para nos conferir qualquer poder, mas
para nos esvaziar do nosso próprio.
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Deus ajuda aqueles que se ajudam. |
Deus ajuda somente aqueles que não
podem se ajudar. (João 9:41).
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O homem não regenerado contribui
com sua pequena parte.
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Nada trago em minhas mãos, simplesmente
a Tua cruz me apego.
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Arrependimento é considerado
uma obra do homem.
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Arrependimento
é um dom de Deus. (2 Timóteo 2:25)
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Um dos maiores dons que Deus dá
aos homens é nunca interferir no seu livre-arbítrio.
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O maior julgamento que Deus pode infligir
sobre um homem é deixá-lo nas mãos de seu
próprio livre-arbítrio. Se a salvação
fosse deixada nas mãos de pecadores não regenerados,
deveras deveríamos nos desesperar e perder toda a esperança
de que alguém fosse salvo. É um ato de misericórdia,
portanto, que Deus desperte à vida o morto em pecado, visto
que sem o Espírito não podemos entender as coisas
de Deus. (1 Coríntios 2:14 )
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Com a vontade do homem a salvação
é possível.
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Com a vontade
do homem a salvação é impossível, mas
com Deus todas as coisas são possíveis (Mateus 19:26;
Romanos 9:16; João 6:64,65). "O que é nascido
da carne é carne, mas o que é nascido do Espírito
é espírito" (João 3:6).
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Extraido de : http://www.monergismo.net.br/duasvisoes.htm
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott