quinta-feira, 25 de julho de 2013


Isto posto, é inteiramente gratuito o que se ouve de alguns, isto é, que a religião foi engendrada pela sutileza e argúcia de uns poucos, para com esta artimanha manterem em sujeição o populacho simplório, ao mesmo tempo em que, entretanto, nem os mesmos que foram os inventores da adoração de Deus para os outros creriam existir algum Deus!

Sem dúvida confesso que, a fim de manterem o espírito mais obediente a si, homens astutos têm inventado muita coisa em matéria de religião, para com isso infundirem reverência ao poviléu e inculcar-lhe temor. Isso, no entanto, em parte alguma teriam conseguido não fosse que já antes a mente humana tivesse sido imbuída dessa firme convicção acerca de Deus, da qual, como de uma semente, emerge a propensão para a religião.

E por certo não é de crer-se que tenham carecido totalmente do conhecimento de Deus os mesmos que, sob pretexto de religião, habilidosamente exploravam aos menos esclarecidos. Pois, ainda que no passado tenham existido alguns, e hoje eles não são poucos, que neguem existir Deus, contudo, queiram ou não queiram, de quando em quando acode-lhes certo sentimento daquilo que desejam ignorar.

Texto retirado do livro : As institutas
 Obs: O titulo do post foi criado pelo blogger não consta na obra original.


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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott